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CURSO DE ACORDEOM

  Mini-Curso Básico de Acordeon
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    Guia de introdução para o estudo do Acordeon

Introdução:
Olá galera
Estamos de volta com o Curso de Acordeom. Para administrar esse mini-curso convidamos uma experiente profissional dessa área. Nada mais nada menos do que Fáthima Rodrigues que já atuou em algumas produções musicais para teatro.
Vamos recomeçar de onde paramos e esperamos que todos vocês possam ter paciência com as atualizações deste mini-curso visto que o Acordeon é um instrumento bastante dificil pra se aprender online e na Internet somos o único site a explorar esse assunto.
Aproveitando a ocasião, comunico a todos os meus alunos que estou lançando o  CD CORES, CANTOS E CONTOS DO BRASIL. Este CD traz para o público infantil a recriação de três histórias da nossa tradição oral - “A lenda da vitória-régia”, “A briga do macaco com a onça” e “Uma viagem ao céu”, além de uma história inédita :“O feitiço do Curupira”. Algumas partes do texto são musicadas, fazendo com que as nove músicas do CD sejam parte integrante das histórias.
Este é o primeiro CD do projeto CONTO EN-CANTO, de minha autoria, que consiste na gravação de CDs infantis com histórias musicadas, tendo como linha bem definida buscar os valores de raiz de nossa cultura popular.
Caso se interessem pela aquisição do produto, clique na figura abaixo para saber mais:
Clique e confira o CD!

Fathima Rodrigues
Administradora do Curso
Capítulo 1: História do Acordeom
Sanfona Brasileira
A sanfona brasileira é "parente" da concertina inglesa. Denominada acordeon, foi patenteada em Viena, em 1829, mas só adquiriu teclado 20 anos depois. Chegou ao Brasil, onde o fole de oito baixos do Nordeste já fazia história, com as imigrações italianas e alemãs e, aos poucos, foi conquistando povo e elite. Segundo o pesquisador Mário de Aratanha, a elite musical só aceitou o acordeon a partir de artistas refinados como Chiquinho do Acordeon e Orlando Silveira que, a partir do choro, espraiou o instrumento em arranjos que abrangeram vários estilos.

Empenhado em um trabalho que une a sanfona aos instrumentos sinfônicos, Sivuca bate forte no preconceito: "Eu toco um instrumento bastardo. Ainda era garoto quando Villa-Lobos foi ao Recife em busca de talentos. Peguei minha sanfona e fui para lá. Quando cheguei, um menino trompetista me disse que ele não me receberia. Fui embora e perdi a chance de conhecê-lo. Se tivesse tocado, com certeza teria conseguido a bolsa de estudos", relembra.

O acordeom foi desenvolvido por volta de 1829 em Viena (Áustria) Cirilus Demian. Anteriormente houveram várias construções mais rudimentares até o seu aprimoramento. Sua construção foi baseada num instrumento de sopro chinês chamado Cheng, com o mesmo sistema de palhetas. No século XIX ganhou mundo depois de passar pelas regiões de Stradella e Ancona na Itália, onde surgiram importantes fábricas como Paolo Soprani e Scandalli. Logo foi difundido por toda a Europa. Os primeiros registros da presença do instrumento no Brasil são do tempo da guerra do Paraguai, por volta de 1864.
Mas ficou popular mais para o final do século XIX, trazido para o Brasil principalmente pelos imigrantes italianos. Foi um instrumento feito principalmente para a dança. No campo, os acordeonistas animavam bailes de aldeia em aldeia por toda a Europa e também no Brasil, principalmente no sul e no interior. Apesar de sua origem folclórica, o acordeon é capaz de executar qualquer estilo de música, como também música erudita e música de câmara que era muito comum nos anos 50, no seu auge, porque era moda executá-lo mesmo na sociedade mais refinada.
O acordeon caíra momentaneamente no esquecimento com a chegada do rock. No entanto nunca deixou de animar festas e bailes. Surpreendentemente o mesmo rock que o derrubou vai ajudá-lo na sua reabilitação, principalmente na França. Atualmente vemos o acordeon reconquistando seu tão merecido lugar.
O Acordeom
No lado direito do acordeon encontra-se o teclado possuindo três oitavas, e o campo de registros (timbres de diferentes instrumentos como fagote, bandoneon, violino, clarineta, flauta, orgão e outros) que dependerá da potencialidade do instrumento interferindo na sua extensão. O fole é responsável pela dinâmica e interpretação da música, é através da abertura e fechamento do fole que trabalhamos a duração da nota , os efeitos de vibrato, a dinâmica, etc. No lado esquerdo encontram-se os bordões, os baixos, que variam desde 12 baixos para crianças até os profissionais de 120 baixos, também raridades de 140 baixos.

Esses estão distribuídos de acordo com o círculo das quintas. O intervalo entre o baixo e o contrabaixo é de uma terça maior. Na diagonal os acordes apresentam-se nessa ordem: maior, menor, sétima e diminuta.

Partes do Acordeon
Há dois tipos de acordeom, o diatônico ou piano apresentado acima, e o cromático apresentando botões dos dois lados, sendo que no lado direito a disposição dos botões segue a ordem das escalas cromáticas. Além desses tipos, hoje existe o acordeon de baixo solto que é construído como o campo esquerdo do piano, sendo possível formar acordes mais sofisticados.
Os livros de história chinesa contam que por volta de 3000 a.C, durante o reinado do legendário "Imperador Amarelo", foram feitos diversos inventos. Tais como: o dinheiro, barcos e botes e sacrifícios religiosos. Huang Ti, o Imperador Amarelo, ordenou que um estudante, Ling Lun, fosse para para o lado oeste de uma montanha que abrangia o seu domínio a fim de encontrar um meio de reproduzir o canto de um pássaro denominado fênix. Ling retornou com o Cheng (ou Sheng).

Entre lenda e realidade, foi o primeiro passo para a criação do acordeon. O Cheng é o primeiro instrumento de que se tem notícia a utilizar o princípio da vibração de palhetas, que é base do acordeon. Ele tem entre 13 e 24 tubos de bambu (taquara para os gaúchos), uma pequena cabaça ( nem tenho idéia do que seja isso ) ligada a uma caixa que na qual o ar faz vibrar a cabaça. Outros instrumentos usando ésta técnica foram desenvolvidas no Egito antigo e na Grécia. Virtualmente não modificado através dos séculos, o Cheng atraiu a atenção de fabricantes europeus de instrumentos musicais e foi introduzido na Europa por volta de 1777.

Buschman ( Alemanha ), em 1821, baseando-se nele construiu o Handeoline, o qual continha uma caixa com fole e teclado. Surge o primeiro instrumento realmente parecido com os modernos acordeões. Em 1829, Cyrillus Damian, um vienense, adicionou acordes aos baixos e patenteou o novo instrumento como Acordeon. Um impresso de 1835 ( escrito por Adolph Muller ) listava seis variedades de acordeões, todos diatônicos e nas tonalidades de Dó, Sól ou Ré. Fatos curiosos foram observados nessa época, existiam modelos em que os baixos eram acionados pelos pés, em outros era necessária a presença de outra pessoa para empurrar ar para dentro do instrumento ( ao menos era isso que dizia o texto original ) e outras loucuras do gênero.

A fabricação em grande escala, começou na década de 1860, muitos desses fabricantes são familiares ainda hoje. Hohner, Paolo Soprani e Stradella foram as pioneiras. O desenvolvimento continou em passo acelerado, e importantes modificações foram feitas. O teclado de piano foi introduzido em 1863 facilitando a execução musical. Outra modificação foi o sistema "Stradella" de baixos, que é o padrão utilizado hoje em acordeões de todos os tipos que contenham mais de doze baixos. Além disso, o sistema de "registros" foi um dos grandes denominadores na popularização do acordeon, ele consiste em teclas que mudam o som do instrumento deixando-o mais pesado ( encorpado ), para as partes mais "entusiasmadas" das músicas, ou mais leve , para partes mais "calmas".

Com todos estes adicionais, não é surpresa que o acordeon tenha se popularizado tanto. Hoje, são tocadas músicas de vários instrumentos nele. Muitos compositores renomados já se utilizaram-no em concertos, tais como: Tchaikovsky, Berg, Paul Creston, Henry Cowell, Walter Riegger, Alan Hovhaness, Tito Guidotti, Lukas Foss, James Nightingale, William Schimmel, Ole Schmidt, Tjorborn Lundquist, Hugo Hermann, Richard Rodney, Bennett Douglas Ward, Wolfgang Jacobi, Nicolas Tchaikin. Além disso, muitos grupos de rock: The Beatles, Billy Joel, Neil Diamond, the Rolling Stones, Emerson, Lake & Palmer, Jimmy Webb, the Beach Boys, Bob Dylan e Nenhum de Nós ( banda gaúcha de rock ).

Capítulo 2: 1° aula técnica de Acordeom
Nesse  capítulo começaremos a explicar mais aspectos técnicos desse aprendizado do Acordeom. Preste atenção pois a maior parte dessa lição será em formato de imagens para fixar mais na mente dos nossos alunos, ok?
Fique Atento!
Fique Atento!
Fique Atento!
Capítulo 2: 1° aula técnica de Acordeon
Fique Atento!
OBS: a marcação da baixaria:  macete" vc encontra na parte  superior e inferior um relevo em forma de cruz (+)na parte superior  esse relevo indica a nota MI da fundamental e na parte inferior e  nota la bemol.  ao meio está um relevo para dentro, se encontra a  nota dó da fundamental. a partir daí pode-se guiar pelo circulo das quintas já citado por mim na explicação da mão esquerda.
Fique Atento!
ERRATA: Na figura acima onde está Sib substitua por La, pois veio grifado errado.
Fique Atento!
Fique Atento!
OBS: para melhor  aprender a movimentar-se nos baixos é preciso compreender os   intervalos das escalas = teoria musica

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Capítulo 3: O Fole
Nos capitulos anteriores demonstramos técnicamente algumas partes do acordeon. Neste capítulo iremos abordar mais a fundo uma parte muito importante deste instrumento: o Fole.
O fole é o pulmão do acordeon. Podemos dizer também que seu movimento está para o acordeom assim como o diafragma está para o cantor.
É feito de papelão grosso especial, dobrado em gomos. As dobras são forradas com pano especial e os cantos são reforçados e cobertos com cantoneiras de metal. É preso, de um lado, na caixa do teclado, e do outro lado, na caixa dos baixos. (desenho)
O perfeito manejo e controle do fole nos permite utilizar vários recursos de expessão e interpretação como: forte / piano; stacatto / legatto. Isto porque as notas do acordeom são feitas com palhetas de metal e o som é produzido pelo ar que passa pelas válvulas dessas palhetas (juntamente com a pressão das notas dedilhadas). O pulso da mão esquerda, deslizando entre a correia e a caixa dos baixos, regula o movimento do fole. Segundo Mário Mascarenhas, é na pressão do ar contido em seu interior que está o segredo para uma boa execução – pequenas pressões contra o ar produzem a intensidade que se quer. Quanto maior for a pressão, mais alto será o som. Importantíssimo para um bom domínio do instrumento é conhecer o mecanismo de produção do som das notas. Enquanto no teclado cada nota possui uma única haste de metal , nos baixos o mecanismo é mais complexo. Cada nota ( fundamental ou contrabaixo) vibra quatro ou cinco oitavas simultaneamente, assim como cada botão dos acordes faz soar quatro ou cinco notas juntas. Isto que dizer que a sonoridade dos baixos é muito mais forte que a das notas do teclado. Para que as palhetas dos baixos soem simultaneamente, é preciso que o movimento do fole seja feito com firmeza e precisão. Para que o som dos baixos não cubra a melodia da mão direita, é necessário um domínio da pressão do ar que se manda para os baixos e para o teclado . Somente a prática e a observação minuciosa de cada movimento executado poderão fazer o aluno dominar este mecanismo tão peculiar. O fole deve se aberto em forma de leque, mais fechado em baixo. Ao fechar o fole, fazemos o movimento inverso, fechando em cima. Quando tocamos sentados, devemos apoiar o teclado na perna direita e a caixa dos baixos na perna esquerda, deixando o fole mais ou menos livre. Na parte superior da caixa dos baixos, do lado externo, junto à correia do pulso, está o botão geral de ar. Quando pressionado (com o polegar da mão esquerda),elimina todo o ar do fole, permitindo abrir e fechar o acordeon sem produzir nenhum som.
Capítulo 4: Mão Esquerda - Os Baixos
Neste capítulo abordaremos tudo sobre a escrita musical da mão esquerda. Preste bastante atenção, visto que esse é um assunto fundamental para o prosseguimento de seus estudos:
Escrita musical da mão esquerda: 1) Usamos a clave de fá na quarta linha. 2) A extensão real dos baixos vai de dó a si O dó que completa a oitava é o mesmo dó inicial, ou seja, tocamos o mesmo botão. Como as notas (baixos e contrabaixos) possuem em si três ou quatro oitavas (conforme vimos na última aula), quando tocamos o segundo dó temos a impressão de que ele é mais agudo.
Partitura 1
3) Como os acordes da mão esquerda já estão prontos, ou seja, se você quer o acorde de dó maior basta apertar um botão que este botão aciona as notas correspondentes ao acorde lá dentro da caixa, não há necessidade de se escrever todas as notas do acorde. Então usamos a seguinte convenção: - até a 3ª linha da pauta escrevemos as notas referentes aos baixos e contrabaixos; os contrabaixos são assinalados com um tracinho embaixo da nota ou do dedilhado; - quando há um solo nos baixos e a escrita ultrapassa a 3ª linha, usa-se colocar, no início do solo, as iniciais maiúsculas B.S. que quer dizer "solo dos baixos"; - da 3ª linha para cima, as notas representam os acordes. Se o acorde for maior, não se escreve nada em cima da nota. Se for menor, indicamos com um m. Se for acorde de sétima da dominante, colocamos um 7. Se for diminuto, escevemos dim. - A terceira linha, portanto, serve para escrever os baixos e contrabaixos e também os acordes. Exemplo:
Partitura 2
- para saber qual é o acorde a ser executado, temos que nos guiar pela nota correspondente ao acorde, pois o baixo pode mudar. Exemplo:
Partitura 3
E agora, depois de tanto blá blá blá, que tal começarmos a praticar um pouco? Vamos lá, ouça com atenção as gravações correspondentes ao que está escrito nas pautas abaixo e depois tente tocar. Os números colocados abaixo das notas referem-se ao dedilhado, ou seja aos dedos que devem ser usados para tocar cada botão. Ah, só mais uma observação. - em geral, os baixos e contrabaixos se tocam com o 4º dedo; - os acordes maiores, com o 3º dedo; os menores e os de sétimas, com o 2º dedo; - o 5º dedo se usa para os baixos e contrabaixos mais distantes; - o 1º dedo (polegar) e usado apenas como apoio e também para apertar o botão geral de escape do ar.
Exercício nº 1. Ritmo de valsa. Dó maior Valsa - Dó Maior
Exercício nº 2. Ritmo de valsa. Dó menor
Valsa  - Dó Menor

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Capítulo 5: Vamos juntar as mãos?
Agora que você já praticou bastante o ritmo de valsa na mão esquerda, vamos começar a juntar as mãos. Os seis primeiros exercícios que preparei para hoje são muito fáceis. Veja só:
  • vamos utilizar apenas as cinco primeiras notas da escala de dó maior – dó, ré, mi, fá, sol.
  • o dedilhado (ou seja, o dedo que você deve usar para tocar cada nota) encontra-se em cima das notas.
  • você deve tocar bastante somente a mão direita antes de tentar juntar com os baixos. Esse é o passo mais difícil para quem está começando a tocar o acordeom: a coordenação entre a mão esquerda, que além de executar as notas também tem que coordenar o movimento de entrada e saída de ar no fole, e a mão direita. Por tanto, não canso de repetir: ESTUDE MUITO A MÃO DIREITA ANTES DE TENTAR JUNTAR COM OS BAIXOS.
  • a mão direita deve ficar o mais relaxada possível, os dedos um pouco flexionados, levemente pousados sobre as teclas.
  • tente juntar um compasso de cada vez. Vá com calma e lembre-se que novos mecanismos levam um certo tempo para serem automatizados pelo nosso cérebro. Depois de treinar bastante, quando a gente menos espera, o movimento acontece. É como aprender a andar de bicicleta, ou a dirigir um automóvel.
  • os seis exercícios de hoje estão em dó maior. A melodia (mão direita) foi feita em cima daquela seqüência de baixos que você já estudou na última aula.
  • comece tocando bem devagar, ouvindo a gravação. Quando se sentir bem seguro, comece a tocar mais rápido.
  • então, mãos à obra e boa sorte!
Vamos juntar as mãos, pessoal?
Seis exercícios preliminares em dó maior
Exercício preliminar nº 1.
Exercício 1
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Exercício preliminar nº 2.
Exercício 2
»»» Clique aqui para escutar a midi
O Fole